Eis que no meu peito
corroído pela lava
rebentam águas salgadas
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banho-me nas furnas
da cravada ilha alva
cuspo de vulcão desfeito.
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Se em pecado ouso,
dai-me à rebentação.
Vem da perdição, logro,
momentum e sensação.
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Se pedras forem castigos
dados aos tarados nos pelourinhos,
se os demónios forem desiguais
envenando n’Olímpo os gigantes divinais
ℑ
Abalo com as tuas pedras
o teu templo herético
selo o teu jazigo helénico
c’o horror dos cubistas.
ℑ
Se em pecado ouso,
dai-me à rebentação.
Vem da perdição, logro,
momentum e sensação.
ℑ
Prostra os forasteiros,
bebe tu meu mar, o meu sangue.
Por pecados que apenas eu me castigue
ardendo na lava do meu peito.
ℑ
PGM J